
Estudos mostram o procedimento crosslinking em números. Saiba mais.
Todo procedimento realizado tem por objetivo recuperar o funcionamento do tecido lesionado. Caso contrário, a estrutura analisada deixa de exercer sua atribuição trazendo prejuízos para o organismo.
O ceratocone leva a uma mudança do tecido da córnea - com seu aumento de curvatura e afilamento corneano, causando prejuízos visuais a depender de sua gravidade.
O crosslinking corneano, aplicada brilhantemente pela primeira vez em 1997 (e descrita pelo médico alemão/''suíço' 'Theo Seiler em 2003), trouxe uma revolução no universo do ceratocone. Sua função é impedir a progressão da doença, com aumento do número de ligações covalentes entre as fibras de colágeno e maior estabilidade da córnea.
Vamos falar sobre os números
O procedimento de crosslinking está muito bem fundamentado e popularizado no mundo todo. Sua estabilidade a longo prazo teve um efeito positivo na qualidade de vida dos pacientes e no custo dos cuidados. Uma análise econômica recente demonstrou que pacientes com ceratocone que realizaram crosslinking são menos propensos a serem submetidos à transplante de córnea e passarão quase 28 anos a menos nos estágios avançados da doença. Ao longo da vida, o modelo sugere que eles terão mais anos de qualidade de vida e uma economia de custos de US$ 43.759 por paciente - a partir da linha de base do modelo equivaleria a uma economia nacional de US$ 150 milhões por ano. A prevalência acima mencionada observada no ano de 1986 é comumente citada, mas provavelmente é subestimada devido ao advento de métodos diagnósticos mais precisos, o que sugere que as implicações nacionais de economia de custos para CXL podem ser maiores. Por exemplo, se aplicar a prevalência relatada por Godefrooij et al. para a Holanda (ou seja, 266,7 casos por 100.000 habitantes em geral) para os EUA, a economia de custo nacional anual associada ao CXL seria de US$ 736 milhões. O valor de prevalência usado para gerar essa estimativa pode ser superestimado, mas é único entre outros porque usa tecnologias de diagnóstico mais contemporâneas e, portanto, oferece uma justaposição importante em comparação com a estimativa anterior gerada com o valor de prevalência relatado em Kennedy et al.
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Fonte: Lindstrom RL, Berdahl JP, Donnenfeld ED, et al. Corneal cross-linking versus conventional management for keratoconus: a lifetime economic model. J Med Econ. 2021;24(1):410-420. doi:10. 1080/13696998.2020.1851556